segunda-feira, 15 de junho de 2009

Sem nexo...


Sabe aquele texto "Um dia você aprende..."?

Hoje lendo esse texto percebi como é verdade que 'um dia aprendemos' determinadas coisas...
Mas lendo ele, me dei conta que “falta” uma coisa: De fato aprendemos muitas coisas, mas as vezes aprendemos de duas formas.
Uma na dor e a outra no amor...
Na dor é quando lemos, lemos e lemos, mas não adicionamos nada do que entendemos a nossa vida...
A outra é quando depois dos erros imensos, acertamos da forma mais ponderada...
Nunca é em vão passar pela vida... nem cometer erros e acertos nela...
Costumo dizer que dentre todos os meus erros... o melhor de todos será aquele em que eu tiver apostado todas as cartas... me decepcionado muito e aprendido mais ainda...
Entendeu?
Quem lê isso pensa qualquer coisa... mas o que eu quero dizer é que o meu maior erro está dentro de mim, juntamente com o meu futuro maior acerto...
Quantas vezes eu podia ter feito e não fiz?
Quantas vezes meu abraço poderia ter sido necessário mais não foi pelo simples motivo da minha falta de tempo, do meu desanimo ou do meu egoismo ser maior que a simples demonstração do que é gostar de alguém.
Só damos valor realmente as coisas quando de fato perdemos...
E quando perdemos... nossa... doi quando perdemos... doi tanto...
Meu maior acerto dentre todos os meus meus erros é saber que isso não mais se repetirá... por que antes de te perder... darei a ti o meu beijo...
Antes de te perder, darei o abraço que tanto me pedirtes...
Antes de te perder, olharei em teus olhos como se fosse a última vez em que eles estivessem vendo a coisa mais importante que até hoje viram.
Antes de perder... a coisa mais importante que quero é me perder, pois somente assim, me perdendo vou poder não te perder.

segunda-feira, 8 de junho de 2009

A casa e um amigo.



[...]


No começo parece estranho...

Chegou de mancinho, ponderou os passos...

A madeira era boa, mas os alicerces que a sustentavam eram falhos.

Ele gostaria de entrar, mas evitava. Ate onde ir?Por qual caminho seguir?

Observava todos os atos daquela casa...

Muitas pessoas passavam por ele... Umas paravam em frente à casa, outras seguiam com desdém e também tinha aquelas que de forma brutal ingressavam no interior daquela residência.

Ele permanecia quieto.

Observava milimetricamente os atos alheios das pessoas em relação a aquele imóvel...

Permanecia silencioso as manifestações vindas da casa...

Alguns dos muitos que entravam naquela morada, fria, sombria, saiam de lá com a pior impressão possível.

Achava ela sombria... Mórbida... feia...

Passavam por ele, comentavam suas experiências... Ele ouvia, sorria e calava...

Porque agia assim?

Simples... Por que contemplava o que via naquela casa. Contemplava somente o que aquela casa trazia pra ele, e não aquilo era dito por terceiros sobre ela.

Ele precisava viver aquela casa, sentir aquela casa...

O tempo passou...

Os passos eram adicionados conforme os fatos.

Um passo, dois passos...

Ele caminhava pra ela... e ela esperava-o...

O jardim...

A varanda...

A porta...

Em frente à porta...

Ele não abre, não força... Espera que alguém saia...

Respeita aquela casa como se fosse um templo... algo intocável... vivo.

Ali não existiam restos... não existia passado... existia presente.

O passado era levado por aqueles que de lá saiam.

Aquela casa, aquele jardim, aquela porta...

O vento bate... toca-lhe o corpo... ele observa...

O vento bate mais forte ainda...

A porta se abre.

Ele entra...

A sala... a escada... o quartos... Tudo que ali existe é lindo...

Ele se assusta... Comove-se e pensa; Como pode alguém achar que esta casa é feia?

Tudo é limpo, arrumado...

Tudo claro... nítido...

De repente sem que ele espere alguém entra na casa... e questiona:

- Não deverias entrar aqui... esse teto está para cair...

Ele sorri... um sorriso impar.. somente aquele dado por ele...

Ele sorri... que sorriso... e tudo a casa vê... tudo Ela sente...

A única coisa dita por ele é:

"A casa não vai cair."

O outro rapaz responde:

- Certo... eu avisei.

Ele vive lá... dentro dela.Respira o ar dela...

Nenhum teto desabou... Nenhuma poeira o irritou...Nada aconteceu...

Em fim... por que será que a casa não caiu?

Por que os outros a avistavam como algo ruim e somente ele conseguia ver o que de bom aquela casa tinha?

Boa pergunta...

Entre na casa como ele entrou... sente na cadeira como ele sentou...

"Só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos."


sábado, 6 de junho de 2009

Memórias dela...


É engraçado como nossas lembranças são capazes de mudar o rumo de nossas vidas.
Fiquei pensando em tudo que vivi até hoje, nas pessoas que conheci, nos não's que recebi e também nós sim's.
Fiquei pensando nas coisas que queria fazer e não fiz.
Pensei nas coisas que fiz e me arrependi.Sim!Me arrependi.
nós... Não!Não venha com aquela história de dizer 'não se arrependa'... eu me arrependo sim das bobagens.Foi bom por que aprendi com elas, mas cá prabobagens são bobagens.
Mas como eu dizia... fiquei lembrando de uma série de coisas... e com essas lembranças percebi o quanto minha memória é viva.
Lembrei de fatos tão pequenos, mas verdadeiros...
Como eu disse, lembrei de inúmeras coisas... várias pessoas... e dentre esse plural de gente... me veio ela em mente.

O sorriso dela...
O olhar...
A maneira a qual me tratava... os gestos a qual nos conduzia as suas 'verdades'...

Me lembrei tanto dela... dos seus infinitos sim e singulares não a mim...

Me lembrei do primeiro dia em que chorei no colo dela...
Me lembrei do grito que dei, quando na quinta fui forçada a soltar a mão dela...

Lembrei de tudo... lembrei de absolutamente tudo...
Bicicletas, CD do Martinho da Vila e Zeca Pagodinho...
Lembrei da dança esquisita dela...
Do sorriso... nossa!Que sorriso...
Minhas memórias... minhas únicas e inesquecíveis memórias...
Ela e eu... eu e ela...

Que falta me faz você minha bichinha...
Que falta me faz estar com você minha querida...
Minha tia... Minha mãe... Meu anjo... Minha doçura... Meu encantar...

Aprendi com você a não me esquecer das lembranças...Aprendi com você a cantar para
Aprendi com você a não desistir dos meus sonhos...
Aprendi com você a querer mudar de repente... sem me preocupar com essa gente que não entende da gente...
Aprendi, vivi...

Você não morreu... você vive... vive em minha maior lembrança: no meu coração.


Ps: A "ela" é uma mulher que me encanta... é a minha tia querida que apenas devolvi a Deus...
Soltei sua mão... não olhe pra trás... Vá com ele... e lembre-se:Me guarde exatamente no lugar onde não corremos o risco do crianças... alzheimer.
É lá que vive, é lá que viverá... pra sempre em minha maiores lembranças...

Amo-te com todo o meu amor e minha maior memória.

quinta-feira, 4 de junho de 2009

Vivemos achando que somos capazes de fazer tudo como queremos, mas em meio a um imprevisto, percebemos que o que achavamos que estava em nossas "mãos", na verdade era frágil como um cristal.
O vento deu, esbarrou em algo.Tocaram-no levemente:caiu sobre o chão.

[...] Tentamos consertá-lo.
Perdemos tempo...
- Vale a pena?
- Não se sabe.Tentamos... tentamos... e tentamos. É em vão. O cristal quebrou-se.

-Não!
- Vamos tentar... e o valor dele?
- É incalculável.
- O que fazer agora? Esquecer?Perdoar?Foi por querer?
- Não importa a pessoa, o verbo nem muito menos o motivo: ele se quebrou, se partiu e se foi.(Conforme-se)
- O que fica? O que se fazer com os pedaços dele...
(Um silêncio e um olhar, um silêncio e nada mais)
- E as lembranças?E as recordações?
- O que era ele; um objeto ou um sentimento?
(Um sorriso, um silêncio e um olhar)
- Era um cristal, assim como todo e qualquer sentimento.
- Quebrou, se partiu, se foi ...
- O que fica?(Novamente) - Sim, o que fica?
- Ficam as lembranças e as recordações.
- Só isso?Mas o cristal?

- Quebrou, partiu... se foi.